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Brasil

Crises econômicas e pandemia provaram: mundo deve repensar papel do Estado

Ministra Esther Dweck exemplifica com crise de 2008 e pandemia de covid-19 que as populações precisaram do Estado. "Vimos que nem todos foram capazes de soluções, porque tinham sido destruídos"

Publicada em 23/07/24 às 22:50h - 7 visualizações

Agência Gov | Via Casa Civil


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Crises econômicas e pandemia provaram: mundo deve repensar papel do Estado
Ministra Esther Dweck compartilhou experiências do Brasil com o desenvolvimento sustentável e inclusivo  (Foto: Ascom/MGI)
Que Estado as pessoas querem no futuro? Esta pergunta foi o ponto de partida para o evento denominado “States of the Future” (Estados do Futuro), coordenado pelo Ministério brasileiro da Gestão e Inovação nos Serviços Públicos (MGI). Os painéis integram a programação oficial do Grupo de Trabalho de Desenvolvimento do G20, cuja reunião ministerial está acontecendo esta semana, no Rio de Janeiro, sob a presidência brasileira. As atividades, que até sexta-feira (26) reúnem no Galpão da Cidadania especialistas internacionais, governos, sociedade civil, academia e setor privado, junto com delegados dos países-membros, mais representantes de nove países convidados, dialogam a respeito da capacidade política mundial para as transformações diante dos desafios do século 21. Na abertura, a ministra brasileira Esther Dweck, do MGI, destacou que o “Estados do Futuro” leva em conta o contexto específico do G20 para articular uma coalizão mais ampla de atores de governo, da academia, da sociedade e de organismos internacionais. Esther Dweck ressaltou a importância de reavaliar e fortalecer o papel do Estado no desenvolvimento, aprendendo com diversos acontecimentos da história mundial recente. A ministra destacou que o consenso sobre a relevância do Estado na superação dos desafios contemporâneos está crescendo, e que é fundamental fortalecer as capacidades estatais e o diálogo político internacional, especialmente no contexto G20. “Nesse âmbito a gente resolveu escolher algumas temáticas, como por exemplo a questão da proteção social. Depois a gente terá mais debates sobre a questão da governança global, que envolve temas mais de economia. Ao final, serão dois dias de reunião com representantes da sociedade civil para fazermos uma escuta cada vez melhor e mais capacitada da sociedade civil, que tem muito a aportar”, avaliou. A ministra ressaltou a importância de reavaliar e fortalecer o papel do Estado no desenvolvimento, aprendendo com a história mundial. Ela destacou que o consenso sobre a importância do Estado na superação dos desafios contemporâneos está crescendo, e que é fundamental fortalecer as capacidades estatais e o diálogo político internacional, especialmente no G20. Leia também • Em declaração 'histórica', ministros do G20 firmam compromisso contra desigualdades • A Aliança Global contra a Fome e os simbolismos do Galpão da Cidadania • Brasil e EUA lançam campanha para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas no mundo do trabalho • Página do G20 Brasil: confira o que a Agência Gov já publicou “Estamos em um momento no mundo de repensar o papel do Estado. Depois da crise de 2008 e depois da pandemia de Covid-19 as pessoas nos procuraram na hora que tinham um problema e queriam que o Estado resolvesse. Vimos que nem todos os Estados foram capazes de soluções, porque tinham sido destruídos os seus instrumentos. Então estamos repensando isso, mas repensando no século 21”, observou Dweck. Combate à fome Na abertura da sessão, a ministra Esther Dweck apresentou o relatório Signals Spotlight 2024 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O relatório global destaca os principais desafios da humanidade e indica boas práticas de governança no uso da inteligência artificial e novas tecnologias como oportunidades para o desenvolvimento social global. Ainda no tema do combate à fome, que permeou todos os painéis, José Graziano da Silva, diretor do Instituto Fome Zero, defendeu políticas de governo para reduzir a pobreza e combater as mudanças climáticas. Ele destacou que, com prioridade política, é possível alcançar a meta de erradicação da fome até 2030, apesar do retrocesso global desde a pandemia. Graziano citou a experiências brasileiras como modelos inspiradores, mencionando o programa Bolsa Família e a importância de maior articulação mundial na segurança alimentar, como a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, liderada pelo Brasil, que terá o endosso dos países-membros para a sua criação nesta quarta-feira (24), com a participação do presidente Lula. “Na verdade, há um certo retrocesso no combate à fome na maior parte do mundo desde a epidemia e que não se recuperou. Nós estamos falando de dar de comer às pessoas, que é uma coisa que nós sabemos o que tem que ser feito. Eu acho que o presidente Lula sabe muito bem que nós temos condições de acabar com a fome no mundo e o Brasil pode colaborar muito com isso. Então a aliança vem no momento certo, na hora certa”, finalizou Graziano.


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