Por que o gás vai ficar mais barato a partir do novo projeto do Governo
A empresa federal Pré-Sal Petróleo (PPSA) passa a fazer parte do grupo que pode comercializar gás natural produzido nas jazidas nacionais. Aposta é ter maior espaço para reduzir preços
Publicada em 26/08/24 às 19:07h - 9 visualizações
Agência Gov
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Lula e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciam mudanças na política de gás (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Nesta segunda-feira (26), o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou resolução que estabelece diretrizes adicionais à política de comercialização do petróleo e gás natural da União.
O objetivo é otimizar a utilização de insumos provenientes dos contratos de partilha de produção, impulsionando a industrialização e fortalecendo a segurança no abastecimento nacional de energia, insumos petrolíferos, fertilizantes nitrogenados e outros produtos químicos.
A resolução cria condições para que o gás natural da União chegue mais próximo aos agentes consumidores, definindo que a Pré-Sal Petróleo (PPSA), estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia, passe a poder contratar o escoamento e o processamento do volume do gás natural que cabe à União nos contratos de partilha de produção.
A empresa também poderá realizar a comercialização de gás natural, de GLP e de demais líquidos produzidos pelo processamento do gás natural ao mercado nacional, desde que constatada a viabilidade técnica e econômica, na modalidade de venda direta ao consumidor.
“O que aprovamos hoje é resultado efetivo dos esforços do Programa Gás Para Empregar.
Estamos equilibrando o mercado nacional do gás, oferecendo aumento da disponibilidade e moderação nos preços ao consumidor final.
O Governo Federal e o povo brasileiro serão beneficiados com a implantação dessa política”, defendeu o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
A resolução do CNPE foi adotada pelo Governo Federal, conforme anunciado no lançamento da Política Nacional de Transição Energética, na mesma data.
Além dessas aplicações, a entrada na PPSA na comercialização vai proporcionar, segundo o Governo, a venda de gás de cozinha com preços reduzidos para até 20 milhões de famílias no prazo de dois anos.
A medida vai permitir que os preços não subam excessivamente entre a captação nas jazidas e a venda pelas demais distribuidoras, até então únicas autorizadas a comercializar os botijões do gás liquefeito de petróleo (GLP).
Essas distribuidoras, segundo o plano do Governo, poderão aderir à rede que vai vender o gás a preços definidos pela PPSA.
A venda de GLP a preços reduzidos é objeto de um projeto de lei assinado por Lula.
Isso significa que depende de aprovação do Congresso Nacional para sua entrada em vigor.
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