Agência Nacional de Telecomunicações afirma que ação era esperada após bloqueio do X. Operação dos sistemas foi normalizada.
Publicada em 03/09/24 às 21:39h - 9 visualizações
Rádio Rondônia Online
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(Foto: Rádio Rondônia Online)
A Polícia Federal (PF), o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) foram alvo de ataques cibernéticos que geraram instabilidade em seus sistemas nos últimos dias.
A ação dos hackers ocorreu após a publicação de decisões do ministro do STF Alexandre de Moraes contra a operação da rede social X no Brasil.
Segundo a Anatel, que é responsável por regular o setor de telecomunicações no Brasil, os ataques eram "esperados".
A agência afirmou que é alvo frequente de ações deste tipo, especialmente em circunstâncias que “envolvem temas sensíveis".
A Anatel detectou tentativas de derrubar seu sistema operacional na sexta-feira (30/09), quando o antigo Twitter começava a ser suspenso no país após ordem de Moraes.
“Após a decisão do STF de bloquear o X, a Agência observou um aumento esperado nesses ataques, o que ocasionou instabilidades momentâneas em seus sistemas e redes”, escreveu.
"Em resposta, a equipe de TI da Anatel agiu de forma contínua para mitigar os impactos e garantir a segurança das operações."
Já os sistemas do STF foram alvo na última quinta-feira (29/08) de um ataque chamado de DDoS, quando um site é sobrecarregado com milhares de acessos simultâneos e não consegue operar.
Um dia antes, Moraes havia dado 24 horas para o X indicar um representante no Brasil, sob pena de suspensão da plataforma.
A Corte afirmou que seus sistemas ficaram inoperantes por 10 minutos, mas que não houve prejuízo operacional.
“A equipe técnica do tribunal agiu rapidamente, retirando os serviços do ar e implantando novas camadas de segurança, de modo que todos os acessos foram normalizados”, disse, em nota.
Já a Polícia Federal diz que investiga um ataque cibernético que gerou instabilidade nos sistemas da corporação nesta terça-feira.
“O acesso aos serviços já foi restabelecido e não foi detectado comprometimento aos sistemas e acessos a dados da instituição”, afirmou.
Como a DW mostrou, a disputa entre o dono do X, Elon Musk, e o ministro Alexandre de Moraes ganha cada vez mais fôlego.
Na terça-feira, a empresa de internet via satélite de Musk, Starlink, recuou e decidiu cumprir a ordem do magistrado de bloquear o acesso à plataforma X no país.
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