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Esporte

Definidos porta-bandeiras do Brasil na Cerimônia de Abertura

Isaquias Queiroz, da canoagem, e Raquel Kochhann, do rúgbi, vão liderar a delegação no Rio Sena na próxima sexta-feira (26)

Publicada em 24/07/24 às 00:26h - 13 visualizações

Agência Gov | Via Secom e MEsp 22


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Definidos porta-bandeiras do Brasil na Cerimônia de Abertura
Raquel e Isaquias, os selecionados pelo Comitê Olímpico do Brasil para carregar a bandeira brasileira na cerimônia de abertura  (Foto: Fotos: COB)
Dois sobreviventes, campeões no esporte e na vida, terão a honra de conduzir a bandeira do Brasil na Cerimônia de Abertura das Olimpíadas de Paris. Isaquias Queiroz, único brasileiro até hoje a conquistar três medalhas em uma única edição dos Jogos, e Raquel Kochhann, uma das líderes da seleção feminina de rúgbi e recém-recuperada de um câncer, foram escolhidos pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) para representar a delegação no desfile pelo Rio Sena no dia 26 de julho. Isaquias e Raquel são filhos de cidades pequenas e ganharam o mundo com o esporte. O baiano, que quase morreu ainda criança e tem apenas um dos rins, fez das canoas dos pescadores de Ubaitaba instrumento para ganhar quatro medalhas olímpicas e popularizar a canoagem velocidade: duas pratas (C1 1000m e C2 1000m) e um bronze (C1 200m) na Rio 2016 e um ouro em Tóquio 2020 no C1 1000m. Defenderá o título na prova e ainda competirá no C2 500m. “Fico muito feliz de poder representar minha Bahia, meu Nordeste, o Brasil inteiro. Vai ser uma cerimônia incrível. Principalmente por representar minha modalidade, ainda tímida no Brasil. Botar nossas garrinhas para fora. Com certeza, depois de Paris, o pessoal vai ter mais conhecimento sobre essa grande modalidade. É uma experiência incrível poder representar o seu país. Eu tive a oportunidade no Rio de fazer o fechamento. Mas agora, ser o porta-bandeira na abertura, vai ser uma coisa muita especial”, disse Isaquias Queiroz, de 30 anos, descoberto pelo programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, em 2005, e integrante histórico de várias categorias do Bolsa Atleta do Governo Federal ao longo da carreira Saudades O rúgbi é um dos esportes mais populares da França, sede desta edição olímpica, mas ainda tem muito potencial para crescimento no Brasil. E Raquel personifica a garra das mulheres que estão representadas quantitativamente em igualdade pela primeira vez nos Jogos. Natural da pequena Saudades, no Interior de Santa Catarina, sonhava em marcar gols no futebol. Encontrou-se vestindo outra amarelinha. Chegou à seleção e liderou as Yaras, como são conhecidas as jogadoras da seleção feminina, desde que o rugby sevens entrou para o programa, na Rio 2016. Um pouco antes da segunda participação, em Tóquio 2020, descobriu um caroço que se revelaria um câncer de mama. Encarou mastectomia, quimio e radioterapia, manteve-se em atividade e voltou ao alto rendimento. Em dezembro de 2023 foi novamente convocada para a seleção, e agora celebra a volta ao palco olímpico carregando o pavilhão de um Time Brasil majoritariamente feminino, com 153 mulheres dentre os 276 classificados (55% mulheres na delegação). “Ser atleta olímpico é difícil. Essa sensação de estar na frente, levando a bandeira para o mundo inteiro ver numa Cerimônia de Abertura é algo que não consigo explicar em palavras. A minha ficha ainda não caiu, acho que só quando eu estiver lá para saber o que vou sentir", disse a integrante do Bolsa Atleta, do Governo Federal Assim como ela, 242 dos 276 atletas brasileiros em Paris integram o programa (87,6%). Leia também: Quase 90% dos atletas brasileiros que irão às Olimpíadas de Paris 2024 fazem parte do Bolsa Atleta “No Brasil a gente trabalha muito para que o rúgbi cresça e ganhe espaço. A gente sabe que a realidade do esporte não é ter uma medalha de ouro numa Olimpíada por enquanto, apesar de termos esse sonho. Mas sempre vi que quem carrega essa bandeira tem uma história incrível, com medalhas de ouro, e representa uma grande conquista. Muito obrigada de verdade por essa honra. Vou dormir com essa bandeira do meu lado” disse Raquel, bronze nos Jogos Pan-americanos Toronto 2015. O ministro do Esporte, André Fufuca, que acompanhará de perto a cerimônia de abertura, destaca a importância do evento. “É uma honra participar de um momento tão glorioso para o esporte mundial. Acompanhar de perto os atletas brasileiros durante a abertura dos Jogos será ímpar e acredito que um momento único para todos os brasileiros”, diz Fufuca. A cerimônia de abertura será na sexta-feira, às 14h30 (horário de Brasília). O evento se iniciará nas margens do Rio Sena e seguirá até os Jardins du Trocadéro. Contudo, a primeira competição olímpica já começa na quarta-feira (24/7), com partidas de rúgbi e futebol. No dia 25, ainda antes da abertura, o handebol faz sua estreia.


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