Por Pavel Polityuk e Tom Balmforth KIEV (Reuters) - A Rússia lançou mais de 100 mísseis e cerca de 100 drones de ataque contra a Ucrânia durante o horário de pico da manhã de segunda-feira, matando pelo menos cinco pessoas e atingindo instalações de energia em todo o país, segundo autoridades.
Foram registrados cortes de energia e interrupções no fornecimento de água em vários lugares, inclusive em partes de Kiev.
As autoridades disseram que o ataques 2 anos e meio após a invasão em grande escala da Rússia teve como alvo a energia ou outra infraestrutura crítica em pelo menos 10 regiões.
A Rússia intensificou drasticamente seus ataques à rede elétrica ucraniana em março, o que, segundo Kiev, parece ser um esforço conjunto para degradar o sistema antes do inverno, quando as pessoas mais precisam de eletricidade e aquecimento.
A série de mísseis e drones de segunda-feira foi a mais intensa da Rússia nas últimas semanas, no momento em que a Ucrânia está reivindicando um novo terreno em uma grande incursão transfronteiriça na região de Kursk, no sul da Rússia, enquanto as forças russas avançam constantemente no leste da Ucrânia, aproximando-se do centro de transporte de Pokrovsk.
"Foi um dos maiores ataques combinados. Mais de cem mísseis de vários tipos e cerca de cem drones Shahed.
E, como a maioria dos ataques russos anteriores, este é igualmente sorrateiro, tendo como alvo a infraestrutura civil crítica", afirmou o presidente Volodymyr Zelenskiy no Telegram.
De acordo com o primeiro-ministro Denys Shmyhal, 15 regiões sofreram danos.
Zelenskiy disse que o setor de energia sofreu "muitos danos".
Autoridades graduadas de Kiev pediram a permissão para ataques de longo alcance contra a Rússia.
A Ucrânia não possuía armas potentes de longo alcance no início da invasão, mas desde então desenvolveu muitos modelos de drones de ataque de longo alcance e os utilizou para atingir alvos nas profundezas da Rússia, desde refinarias de petróleo até campos de aviação militares.
No fim de semana, Zelenskiy disse que a Ucrânia havia desenvolvido um novo "míssil drone" que foi usado para atacar a Rússia e que era mais poderoso e mais rápido do que outros equipamentos do arsenal de Kiev.
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